Na ultima quinta-feira
(03/05), o grupo de pibidianos da Escola Estadual de Ensino Médio Areal deu
início a aplicação do instrumento interdisciplinar para o diagnóstico que dará
suporte para a elaboração de um projeto interdisciplinar para ser aplicado na
escola. Eu, particularmente, tive a sensação de estar ansioso, não pela
preocupação de ocorrer algo errado, mas devido ao fato de ser o meu primeiro
contato com alunos do ensino fundamental.
Como ficou decidido no
encontro anterior, o grupo interdisciplinar em que eu participo (grupo três),
ficou encarregado de aplicar a entrevista, que é o instrumento de pesquisa que
foi sendo elaborado nas ultimas semanas, para os alunos da 6° série. O grupo
dois também ficou responsável pela aplicação do instrumento a estes alunos.
Os alunos foram divididos em
dois grupos e cada grupo ficou sob responsabilidade de dois pibidianos, onde um
aplicava as questões e o outro anotava os dados coletados. Eu fiquei com a
responsabilidade de aplicar as questões. O nervosismo se instalou em minha
fisionomia, mas logo tive a sensação de poder estar dominando a situação, pois
ao conversar com as crianças não foi tão complicado, elas estavam atentas as
questões e se mostraram bastante disponíveis em respondê-las, claro que em
vários momentos elas interromperam o processo, mas eu e a colega Mirella
conseguíamos voltar ao andamento da aplicação do instrumento do diagnóstico.
Este primeiro contato com os
alunos foi considerado um treino para os próximos encontros, e proporcionou uma
experiência fantástica para começar a elaborar um entendimento do universo
daquelas crianças. Tive a percepção de que as perguntas aplicadas conseguiram
abordar muito bem os elementos daquele local e nos forneceu informações muito
válidas. Foi inevitável o surgimento de novas questões através de cada
pergunta, pois as informações que os alunos iam proferindo logo necessitavam de
novos estímulos para melhor delimitar um dado.
As crianças, que na sua maioria
residem em regiões próximas à escola, demonstraram um interesse predominante em
participar de atividades extracurriculares na área de artes, tanto da música,
artes visuais e a dança. Constatei que há uma resistência deles em trabalhar
com a geografia. Será preciso pensar sobre essa questão para que elas comecem a
entender a arte através da geografia e vice-versa.
Fiquei bastante entusiasmado
com esse primeiro contato, pois buscar essa interação com as crianças, afim de
penetrar naquele espaço e tentar elaborar situações interdisciplinares é um
tremendo exercício para desenvolver a postura de professor. Creio que a
aplicação prática do instrumento de pesquisa esclarece bastante o propósito
interdisciplinar do programa e acaba por estimular o nosso desenvolvimento como
pesquisadores.